Estagnada em abril (0,1%), a produção industrial brasileira cai 0,5% em relação a igual mês de 2021, segundo informou o IBGE nesta sexta-feira (3). Nos primeiros quatro meses do ano, a queda é mais expressiva: -3,4%. No acumulado em 12 meses, a atividade recua 0,3%, mantendo, de acordo com o instituto, “a trajetória descendente iniciada em agosto de 2021”.
Há um crescimento de 1,4% nos três últimos meses, porém, insuficiente para recuperar as perdas, diz o gerente da pesquisa, André Macedo. “O ganho acumulado de 1,4% nesse período de fevereiro a abril não elimina nem a queda de 1,9% registrada em janeiro. Mesmo que nos últimos seis meses a indústria tenha mostrado cinco taxas no campo positivo, ainda assim está 1,5% abaixo de fevereiro de 2020 e 18% abaixo do ponto mais alto da série, em maio de 2011.”
Setor de petróleo em alta
Na comparação com abril do ano passado, que teve um dia útil a mais o IBGE apurou resultados negativos em duas das quatro categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 59,4% dos 805 produtos pesquisados. Novamente, o setor que inclui veículos automotores registrou queda, de 7,6%, assim como produtos alimentícios (-4,7%) e máquinas e equipamentos (-6,3%), entre outros. Já o de coque e derivados cresceu 19,9%.
No acumulado do ano (janeiro a abril), as quatro categorias econômicas mostram queda. Isso acontece também com 19 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos pesquisados. A produção de veículos automotores cai 9,6%. O IBGE registra ainda queda em produtos de borracha e de material plástico (-13,5%), produtos de metal (-15%), têxteis (-19,2%), metalurgia (-4,7%) e móveis (-25%). De sete atividades em alta, novamente o destaque é de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (9,4%).