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Defesa diz que tratou 225 pessoas após comprar 35 mil comprimidos de Viagra

Defesa afirmou que os medicamentos são usados para tratar pacientes com hipertensão arterial pulmonar

Defesa diz que tratou 225 pessoas após comprar 35 mil comprimidos de Viagra
Folha Vitória
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Em um ofício enviado à Câmara dos Deputados, o Ministério da Defesa justificou que a compra de 35 mil comprimidos de um medicamento genérico do Viagra foi feita para tratar 225 pacientes desde 2020.

Encaminhado na quinta-feira (2), o documento, ao qual o UOL teve acesso, mostra que 181 militares do Exército fizeram ou fazem o uso do medicamento Sildenafila; 43 da Marinha e um da FAB (Força Aérea Brasileira). O remédio é usado tipicamente para tratar disfunção erétil.

"Inicialmente, cabe expor que o consumo do medicamento Citrato de Sildenafila 25mg é destinado apenas aos pacientes internados e aqueles em regime ambulatorial, exclusivamente para o tratamento de doenças raras como a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), a esclerodermia e em pacientes portadores de Vasculopatia Periférica Secundária ao Fenômeno de Raynaud", explicou a pasta ao pedido de informações do deputado Alexandre Padilha (PT-SP).

Oito processos de compra das Forças Armadas foram aprovados desde 2020, e ainda estão em vigor neste ano. Nos processos, há dosagem de 50 mg também. A maior parte dos medicamentos é destinada à Marinha, com 28.320 comprimidos, mas o Exército acumulou 5 mil comprimidos e a Aeronáutica, 2 mil.

Questionado por Padilha sobre como é o controle de receita do remédio, o ministério afirmou que, no caso da Marinha, as indicações foram realizadas por médicos das clínicas de Reumatologia, Pneumologia, Cardiologia e Pediatria do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.

No Exército, o medicamento foi prescrito por médicos das seguintes áreas: Clínica Médica, Intensivistas, Pneumologista, Infectologia, Gineco-Obstetrícia, Pediatria, Neurologia e Cardiologia, todos de Organizações Militares de Saúde. Já na Força Aérea, o remédio é dispensado pela Subdivisão de Farmácia Hospitalar, mediante prescrição médica.

"No caso do paciente assistido pelo HCA (Hospital Central da Aeronáutica), único a ter usado o medicamento, a prescrição foi feita por médico em serviço na Unidade de Terapia Intensiva", completou. A Defesa informou ainda que a aquisição dos comprimidos foi realizada com recursos dos Fundos de Saúde das Forças Armadas, "os quais são subsidiados por seus usuários (militares, pensionistas e servidores civis)".

UOL procurou a assessoria do Ministério da Defesa e aguarda retorno. Se o posicionamento for enviado, a reportagem será atualizada.

Audiência com o ministro

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi convidado a ir na quarta-feira (8) à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a compra.

A ida de Oliveira é fruto de dois requerimentos aprovados pelo colegiado, de autoria de Padilha e do também deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).

O parlamentar goiano, inclusive, foi o responsável por compilar e divulgar os números dos pregões que constam no Portal da Transparência do governo. Vaz também acionou o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a aquisição, que abriu um processo de investigação.

 
FONTE/CRÉDITOS: UOL
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