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Por que idosos não recebem vacina da dengue? Entenda

No Paraná, até agora, três idosos entraram em óbito pela dengue neste período

Por que idosos não recebem vacina da dengue? Entenda
tarobanews
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A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. Entretanto, o grupo ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue gratuitamente.

Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. O motivo é simples: não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

“Se a dose for utilizada na população com mais de 60 anos, mesmo que seja recomendada por um médico, é considerado o que a gente chama de prescrição, ou seja, que não consta na liberação oficial. Alguns medicamentos são prescritos assim porque há estudos que mostram benefício. Por isso, acredito que a médio prazo, ou mesmo a curto prazo, teremos dados cientificamente robustos que indiquem a vacinação contra a dengue para essa população,” detalhou o geriatra Paulo Villas Boas para à Agência Brasil.

No Paraná, até agora, três idosos entraram em óbito pela dengue neste período (2º semestre de 2023 e 1º semestre de 2024). Já no ciclo anterior (2º semestre de 2022 e 1º semestre de 2023), 86 mortes por dengue em pessoas acima de 60 anos foram registradas.

No informe dessa semana, a Sesa (Secretaria da Saúde) incluiu duas mortes novas. Ao todo, o Paraná tem 800 casos de dengue severa e oito óbitos relacionado à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Desde o início do atual ciclo epidemiológico, iniciado no mês de agosto de 2023, o Paraná acumula 29.075 casos confirmados, sendo 25.611 autóctones – ou seja, a pessoa contraiu a doença na própria região.

“Muitos idosos são portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes (…) muitos têm estado de imunossupressão, ou seja, quebra da imunidade. E esses são fatores de risco para complicações da infecção pela dengue”, explica Villas Boas.

O médico reforçou que não há risco para idosos que, com prescrição médica, recebem a vacina contra a dengue. Porém, alguns aspectos devem ser considerados antes da imunização. “A gente tem que lembrar que a Qdenga é uma vacina com vírus atenuado e não com vírus morto. Se o indivíduo estiver com a imunidade mais baixa, pode ter uma resposta ou reação vacinal maior, desenvolvendo efeitos colaterais inerentes à vacinação, como mal-estar geral e febre. Não vai desenvolver um quadro de dengue clássico. Mas pode ter uma série de efeitos colaterais.”

FONTE/CRÉDITOS: tarobanews
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