No dia 1º de julho, um empresário rondonense, após discussão com um funcionário, teria sacado sua arma de fogo e, em alegação de legítima defesa, efetuado dois disparos contra o empregado, que faleceu minutos depois.
Tal empresário se entregou à Polícia Militar horas depois do ocorrido, sendo conduzindo à delegacia posteriormente, onde foi lavrado o flagrante por homicídio qualificado. Na audiência de custódia, como não haviam elementos suficientes para entender como se deu toda a situação, foi imposta medidas cautelares e restrições.
Com o avanço das investigações, a Polícia Civil conseguiu desvendar a dinâmica dos fatos, a partir de oitivas de testemunhas e recuperação de imagens, constatando que a legítima defesa alegada pelo empresário não estava configurada.
Conforme a Polícia Civil (PC), foi possível provar uma fraude processual, uma vez que o autor se apresentou à polícia com lesões que não seriam decorrentes do fato, mas, sim, segundo aponta a PC, provocadas posteriormente.
Diante dos fatos, o Ministério Público local representou pela prisão preventiva do empresário, a qual foi ordenada pelo juiz. Desta forma, na manhã de hoje foi cumprido mandado de prisão contra o rondonense.
O inquérito policial foi finalizado e enviado ao Fórum com indiciamento e preso está à disposição da Justiça.
Versão desconstruída
De acordo com o delegado Rodrigo Batista Santos, o inquérito vem transcorrendo há duas semanas, desde a lavratura do flagrante. “Foram colhidas as primeiras informações e ele alegava legítima defesa. Durante as investigações, conseguimos desconstruir todo esse cenário montado por ele, no qual alegava lesões, escoriações e roupas cortadas. E com a oitiva de testemunhas, produção de relatórios e recuperação de imagens de câmeras de segurança foi possível comprovar que o soco que ele teria tomado não lhe causou nenhuma lesão e o decorrer, com os disparos e ao final ele cortando sua roupa, comprovou o homicídio qualificado e também a fraude processual”, comenta.
O inquérito policial, segundo o delegado, já foi concluído e enviado ao Judiciário. “O Ministério Público local o denunciou, representando por essa prisão preventiva que o juiz local decretou, a qual foi cumprida pela Polícia Civil na manhã de hoje. O preso encontra-se à disposição da Justiça e o processo tramitará diretamente no Fórum”, expõe.