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Outubro é o mês dos desastres naturais no Paraná, mostram dados da Defesa Civil

Entre 2011 e 2022, uma média de 535 ocorrências foram registradas anualmente no estado, sendo que o décimo mês do ano é o que concentra mais registros

Outubro é o mês dos desastres naturais no Paraná, mostram dados da Defesa Civil
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O mês de outubro, que em 2023 começou com tempestades e até mesmo a ocorrência de tornado no Paraná, costuma ser o período em que mais desastres (como enxurradas, tempestades, inundações, alagamentos, deslizamentos e outros) são registrados no estado. É o que revela um levantamento feito pelo Bem Paraná com base em dados extraídos do SISDC (Sistema Informatizado da Defesa Civil do Paraná), o qual revela que o mês de outubro concentra 17% de todos os desastres registrados ao longo de um ano

Entre 2011 e 2022, um total de 6.418 ocorrências foram cadastradas no sistema da Defesa Civil. Isso significa que, por ano, o Paraná registrou uma média de 535 desastres, sendo que ocorrências como vendavais, enxurradas, precipitação de granizo, estiagem, inundações e alagamentos estão entre as mais comuns. Os anos com mais registros, na ordem, foram 2015 (652 desastres), 2013 (615), 2021 (603), 2020 (591) e 2022 (580).

Quando analisadas as ocorrências por mês, chegamos aos resultados apresentados no abre da reportagem. Sempre de acordo com os registros da Defesa Civil, o mês de outubro concentrou 1.084 registros entre 2011 e 2022, o equivalente a 90 desastres por ano ou 16,9% do total de ocorrências no período analisado. Na sequência aparecem os meses de janeiro (69,8 registros por mês), junho (59,4), setembro (46,1) e março (42,8).

Já em 2023, até o mês de setembro, o número de desastres registrados está abaixo da média histórica. Entre 2011 e 2022, a média foi de 368 ocorrências até o nono mês do ano. Neste ano, foram 275 registros até o último mês, valor 25,3% abaixo da média nos 12 anos anteriores.

O mês de outubro, no entanto e como seria de se esperar, já está sendo mais “agitado”: até o final da tarde de ontem (18 horas), eram 22 desastres registrados em 22 municípios diferentes num período de apenas cinco dias. Essas ocorrências afetaram mais de 6 mil pessoas, deixando 26 desalojadas, quatro desabrigadas e três pessoas feridas. Além disso, 1.391 casas foram danificadas, a maior parte delas localizadas em São Jorge do Oeste (400 residências) ou Cascavel (327 residências), no oeste do Paraná, região que foi atingida na manhã de quarta-feira (4) por um tornado F2 (numa escala que vai de F0 a F5), com ventos cuja velocidade é estimada entre 181 e 253 km/h.

“Chuvarada” causa problema nas estradas paranaenses
A Estrada da Sereia, em Campo Largo, na Região Metropolitana, teve trecho interditado ontem pela Defesa Civil por causa de alagamentos. A situação obrigou motoristas a buscarem rotas alternativas: pelo distrito da Ferraria, acesso pela BR 277, ou Partênope – Clube Paiol – Colônia Mariana.
Além disso, a concessionária Arteris Litoral Sul anunciou que, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), está monitorando as condições climáticas e a quantidade de chuva dos últimos dias. Há possibilidade, inclusive, do tráfego na BR-376 ser bloqueado preventivamente no km 669, na região de Guaratuba, trecho da Serra do Mar.

Temporais desta semana danificaram mais de mil casas no Paraná
Os temporais que atingem o Paraná desde a madrugada de quarta-feira afetaram um total de 6.090 pessoas de 22 municípios, de acordo com o relatório divulgado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil na tarde de ontem. De acordo com o órgão, estas pessoas estão sendo atendidas com mantimentos, como colchões, telhas, lonas e materiais de limpeza.

Ao todo, 1.047 casas foram danificadas de alguma forma por vendavais, chuvas de granizo, enxurradas, alagamentos ou deslizamentos. E 24 pessoas seguem alojadas nas casas de parentes ou amigos.

As cidades com mais pessoas atingidas desde o início das ocorrências são São Jorge do Oeste (1,6 mil), Cascavel (1,3 mil) e Mangueirinha (800), na região Oeste do Estado. Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Antônio Olinto, Londrina, Mallet, Marialva, Paraíso do Norte, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Planalto, Quintandinha, Rio Branco do Sul, Santa Cruz de Monte Castelo, São Mateus do Sul, São Sebartião da Amoreira, Sulina e Vitorino também registraram pessoas afetadas ou atendimentos da Defesa Civil no período.

 

Ao final da tarde de ontem, 19,3 mil residências estavam sem luz – desde a madrugada, cerca de 500 mil casas chegaram a ficar sem energia. A Copel restabeleceu o fornecimento de energia para maior parte das residências.

A Copel alerta que, em ocorrências climáticas como esta, população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados, e acionar a concessionária através do número 0800 51 00 116.

 

Vem mais
Paraná está em alerta para chuvas fortes

Metade do Paraná segue em alerta amarelo para chuvas mais fortes, segundo aviso do Instituto Nacional de Meteorologia (inmet). O alerta vale para a manhã da sexta-feira até o fim da noite do mesmo dia.
Segundo o Simepar na sexta-feira teremos mais um dia com chuvas em boa parte do estado. Circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera contribuem para formação de áreas de instabilidade no Estado. Deve chover com mais intensidade na “metade sul” paranaense, enquanto no noroeste e no norte as pancadas de chuva são rápidas e localizadas.

Já segundo o Inmet, são esperadas chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h) e até mesmo formação de granizo na sexta. Baixo risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de galhos de árvores e de alagamentos.

 

De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o maior volume de chuvas ontem foi registrado na região dos Campos Gerais, com 40,4 mm. O acumulado, no entanto, foi menor do que o registrado na quarta, quando cidades do Sul do Estado chegaram a ter mais de 100 mm em 24 horas.
O Norte Pioneiro foi a região que teve ventos mais fortes, próximos a 45 km/h.

FONTE/CRÉDITOS: bemparana
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