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O alerta da ONU sobre Clima foi mais sério já feito e o Brasil será gravemente atingido

O grau de consenso de que a ação humana é responsável pelo aquecimento global chegou a 100%

O alerta da ONU sobre Clima foi mais sério já feito e o Brasil será gravemente atingido
Reprodução/ O Globo
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O que foi dado nessa manhã de segunda-feira, 9 de agosto, foi o alerta mais assustador já feito pelos 800 cientistas da ONU que subscrevem o novo relatório do IPCC, 21 deles brasileiros. Primeiro, ele acaba completamente com o que ainda restava de negacionismo. É o ser humano que tem mudado o clima no planeta. 
O IPCC ( nome completo para Painel Intergovernamental de Mudança Climática)  lançou hoje o sexto relatório em 32 anos. O último havia sido em 2013-2014. Esse terá novos documentos no ano que vem.  Ele mostra que o planeta aqueceu 1,09 graus desde a era pré- industrial e 1,07 disso é pela ação do ser humano. E até o meio do século pode chegar a 1,5 graus. É a primeira vez que a ciência quantifica a ação humana.
 
O observatório do clima no Brasil explica em documentos divulgados agora cedo que outros eventos climáticos extremos vão continuar acontecendo mesmo que o mundo atinja as metas do acordo de Paris, que era conter esse aumento em um grau e meio até o fim do século.
 
O IPCC fez cinco cenários e em só um deles pode ser atingida a meta do acordo de Paris, que é contar em 1 grau e meio. Para o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, o relatório é um alerta vermelho para a humanidade, que deve abandonar os combustíveis fósseis, petróleo e carvão, antes que eles destruam o planeta.
 
O Observatório do Clima lembra para quem ainda não entendeu o grau de risco, o que houve recentemente: calor de 49 graus no Canadá, incêndios, florestais na Sibéria, inundações na Europa Central, uma chuva na China - que em um dia foi equivalente a oito meses, frio no Brasil, e a maior seca em 91 anos. Conta que o degelo vai continuar, a elevação do nível do mar também. O que se trata agora é de tentar reduzir a intensidade desses eventos.
 
Na reunião de Glasgow, o mundo terá que aumentar as ambições das suas metas nacionais, as NDCs. O Brasil fez o contrário, reduziu. O Brasil na gestão de Jair Bolsonaro tem sido visto como uma ameaça global ao clima, principalmente pelo aumento do desmatamento na Amazônia.
 
Há péssimas notícias para o Brasil nos relatório regionais que eles estão fazendo desta vez: o Nordeste já é a região do planeta onde é mais clara a influência do aquecimento global, pode se desertificar, e o Oeste da região Centro-Oeste pode ser uma das mais afetadas por extremos de calor nas próximas décadas. Notícia preocupante para o agronegócio.
 
Em resumo: o grau de consenso de que a ação humana é responsável pelo aquecimento global chegou a 100%, dos cinco cenários, em só um há chance de chegarmos aos objetivos de conter a mudança climática, no pior cenário ( se os governantes decidissem todos agir como Bolsonaro, por exemplo) o aquecimento será de 5,7 graus, ou seja, seria o apocalipse.
 
A decisão da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil de denunciar o presidente Bolsonaro por genocídio e ecocídio faz parte da reação do país contra as ações perigosas do governo e da sua base na Câmara.
 
O repórter Daniel Biasetto teve acesso ao documento de 148 páginas dos indígenas. E o que isso liga com o relatório do IPCC: a principal ameaça brasileira ao clima do mundo é o desmatamento na Amazônia, parte da estratégia de Bolsonaro e dos governistas é atingir as garantias e a proteção aos povos indígenas. Os indígenas brasileiros têm sido aliados da preservação. Portanto, os assuntos estão totalmente ligados: proteção dos indígenas, proteção da Amazônia é contribuir para reduzir os riscos climáticos do planeta.
FONTE/CRÉDITOS: O Globo

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