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Fiocruz alerta para vacinação e diz que Europa vive 'pandemia de não vacinados'

O Brasil tem hoje cerca de 60% da população com esquema vacinal completo, com uma estimativa de 1,15 óbitos por milhão de habitantes

Fiocruz alerta para vacinação e diz que Europa vive 'pandemia de não vacinados'
Divulgação / Fiocruz
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O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (17), destaca que a doença ainda representa um grande desafio. A nova edição reforça a preocupação com o retorno nos últimos dias de medidas restritivas em diversos locais da Europa. O aumento do número de casos e mortes ocorre principalmente naqueles em que a cobertura vacinal não vem progredindo. No Brasil, até o momento os dados monitorados pelo Observatório apontam manutenção das tendências de queda dos indicadores (casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos) relacionados à transmissão do Sars-Cov-2.

A atual situação desses países europeus, que vêm sendo chamada de “pandemia dos não-vacinados”, tem servido de alerta para a questão do avanço da vacinação nessas nações em que parcelas da população não vacinada vêm apresentando um alto número de casos de Covid-19. O Brasil tem hoje cerca de 60% da população com esquema vacinal completo, com uma estimativa de 1,15 óbitos por milhão de habitantes, segundo dados disponíveis Our World In Data. Entretanto, países como a Áustria, Lituânia e Alemanha, com percentuais maiores da população vacinada (63,7%, 65,2% e 67% respectivamente) vêm não só enfrentando um grande crescimento de internações, principalmente entre os não vacinados, mas também no indicador de óbitos por milhão de habitantes, que se encontra em 2,23 para Alemanha, 4,00 para Áustria e 10,62 para Lituânia.

“Definitivamente, a vacinação, descolada de outras recomendações não-farmacológicas, não será suficiente para determinar o fim da pandemia", afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo Boletim. Eles chamam atenção para o abandono das ações preventivas no Brasil, especialmente a liberação do uso das máscaras e o relaxamento das medidas de distanciamento físico. Segundo os cientistas, além de ser consequência da baixa adesão populacional, este cenário é principalmente um reflexo do desincentivo dos governos nos diferentes níveis para sua adoção.

O Observatório vem acompanhando o padrão dos indicadores de distanciamento físico, concomitante à progressão na cobertura vacinal. Um valor negativo significa que há maior circulação nas ruas do que no período anterior ao início da pandemia. Valores positivos, ao contrário, indicam que as pessoas estão mais reclusas em seus domicílios. Os indicadores de distanciamento físico analisados mostram que no Brasil, desde meados de julho, o índice se encontra abaixo de zero. Ou seja, a população brasileira hoje tem circulado nas ruas de forma mais intensa do que antes da pandemia. “Embora este padrão não seja homogêneo no país (há diferenças entre estados ou municípios, por exemplo) os dados permitem dizer que trata-se de uma circulação de grande intensidade. O padrão é especialmente preocupante em um cenário em que os índices de transmissão ainda são considerados altos no país”.

O Boletim chama atenção ainda para a ausência de distanciamento físico no país, que deve ser observada desde transporte público até atividades de comércio e lazer. Além disso, aglomerações em espaços abertos podem igualmente representar risco, já que a proximidade entre as pessoas é determinante do contágio. Somando-se a este quadro, estão a eventos como festas de natal e reveillon e chegada das férias escolares

Leitos de UTI para Covid-19

Rondônia é o único estado na zona de alerta intermediário. As outras 26 unidades estão fora da zona de alerta: Acre (4%), Amazonas (27%), Roraima (29%), Pará (54%), Amapá (18%), Tocantins (15%), Maranhão (24%), Piauí (58%), Ceará (42%), Rio Grande do Norte (49%), Paraíba (24%), Pernambuco (52%), Alagoas (30%), Sergipe (17%), Bahia (35%), Minas Gerais (16%), Espírito Santo (53%) Rio de Janeiro (27%), São Paulo (23%), Paraná (31%), Santa Catarina (38%), Rio Grande do Sul (54%), Mato Grosso do Sul (30%), Mato Grosso (34%), Goiás (29%) e Distrito Federal (58%).

Casos e óbitos por Covid-19

Os dados registrados na Semana Epidemiológica (SE) 45, de 7 a 13 de novembro, mostram um ligeiro aumento dos valores de indicadores da transmissão da Covid-19. Foram notificados, ao longo da SE, uma média diária de 11,4 mil casos confirmados e 260 óbitos por Covid-19. Esses valores representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,9% ao dia) e do número de óbitos (1,2% ao dia) em relação à semana anterior (31 de outubro a 6 de novembro). A taxa de letalidade também vem caindo no país. Atualmente está na faixa de 2,3%. Segundo a análise, apesar de ainda ser considerada elevada em relação aos padrões internacionais, a tendência comprova a efetividade da campanha de vacinação.

FONTE/CRÉDITOS: Bem Paraná

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