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Crítica ao pedágio domina primeiro debate para o governo do Paraná

Praticamente todos os participantes criticaram o novo modelo de concessões de rodovias, defendidos pelo governo Ratinho Júnior

Crítica ao pedágio domina primeiro debate para o governo do Paraná
Bem Paraná
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O pedágio foi um dos principais assuntos do primeiro debate entre os candidatos ao governo do Paraná, na noite deste domingo (7), na Band TV. Praticamente todos os participantes criticaram o novo modelo de concessões de rodovias, defendidos pelo governo Ratinho Júnior. Eles também questionaram a ausência do governador no confronto, que alegou ter outro compromisso em Maringá (região Norte).

Dos nove concorrentes ao Palácio Iguaçu, oito apareceram: o ex-governador Roberto Requião (PT); o ex-deputado federal Ricardo Gomyde (PDT); e os candidatos do PCO, Adriano Teixeira; do PSOL, professora Ângela Machado; da Democracia Cristã, Joni Correa; do PSTU, o Professor Ivan; do PMN, Solange Bueno; e do PCB, Viviane Mota. Já na primeira pergunta, Correa questionou Requião sobre o pedágio em seu governo. O ex-governador alegou que recusou o reajuste das tarifas por 42 vezes, mas ele foi confirmado pela Justiça, com o apoio do Ministério Público.

Requião criticou Ratinho Jr por deixar as concessões para depois das eleições. “É uma patifaria montada para ser efetuada depois das eleições. Hoje todo mundo sabe que o pedágio é um grande roubo. Não fizeram a concorrência agora porque havia uma lei que impedia a prorrogação do pedágio”, alegou. ‘Assumo o compromisso. Nós vamos, em parceria com o Lula, fazer o pedágio público, com tarifas reduzidas para a manutenção das estradas”, disse o petista.

Correa respondeu defendendo a criação de “paraestatais” para administrar os pedágios. “Vamos aplicar o recurso apenas para a manutenção das rodovias”, defendeu. “A minha proposta é pedágio público para manutenção das estradas”, disse Requião.

O candidato do PCO, Adriano Teixeira, defendeu o armamento da população e a formação de coletivos para a defesa das mulheres contra agressões dos maridos. Joni Correa também afirmou ser “totalmente a favor do armamento” e criticou a candidata do PCB, alegando que o partido é contra os valores das famílias brasileiras. “De grosseria o senhor já demonstrou que entende bem. O governo que você defende joga a classe trabalhadora brasileira na miséria”, respondeu Viviane Mota.

A candidata do PMN voltou ao assunto do pedágio, afirmando que o governo Ratinho Jr “fez tudo para que esse assunto ficasse paralisado no ano eleitoral”. Gomyde comentou que o novo modelo de concessão resultará em tarifas mais altas e mais praças de cobrança. “Garantimos que é possível fazer o pedágio com menos de R$ 5”, disse.

Requião perguntou a Adriano Teixeira sobre segurança pública. “A repressão acaba fazendo a polícia entrar em uma favela e atirando em pessoas inocentes”, afirmou. “A gente sabe muito bem que hoje a polícia é uma máquina de matar pretos e pobres”, apontou o candidato do PCO.

A candidata do PMN afirmou que durante a pandemia, empresas foram à falência e famílias ficaram sem emprego, sem que o governo do Estado agisse para ajuda-las. “Ratinho Jr ficou indiferente à essa problemática”, disse. “Hoje temos 1 milhão de pessoas vivendo em extrema pobreza no Paraná”, afirmou Viviane Mota, defendendo a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salário. “No Paraná, quebraram 40% dos restaurantes por falta de assistência do governo”, disse Solange Bueno, acusando o governador de desrespeitar os paranaenses ao não comparecer ao debate.

No segundo bloco, Requião questionou os gastos do governo do Estado com o projeto da engorda da praia de Matinhos (Litoral). “A tal da engorda da praia me espanta. Orçamos a engorda em R$ 50 milhões. Camboriú fez por R$ 70 milhões. O governo Ratinho Jr licitou por R$ 300 milhões”, afirmou.

Excesso de candidatos prejudica confronto direto

O excesso de candidatos prejudicou o primeiro debate entre os candidatos ao governo do Paraná. Com nove participantes, muitas vezes os concorrentes extrapolaram o tempo para as perguntas e respostas do confronto, tornando o programa pouco produtivo. No primeiro, segundo e terceiros blocos, os candidatos tinham 30 segundos para fazerem as perguntas, um minuto e meio para a resposta, 30 segundos para a réplica e outros 30 para a tréplica.

A legislação prevê que as emissoras são obrigadas a chamarem os candidatos dos partidos com pelo menos cinco deputados federais. A Band TV optou por chamar todos os concorrentes oficialmente inscritos.

No confronto de domingo, ficou evidente a separação dos candidatos em dois grupos: de um lado, os candidatos de oposição mais à esquerda, representados por Roberto Requião (PT), Professora Ângela Machado (PSOL), Ricardo Gomyde (PDT), Viviane Mota (PCB), Adriano Teixeira (PCO) e Professor Ivan (PSTU), com críticas mais incisivas aos governos Ratinho Júnior e Jair Bolsonaro. Do outro, candidatos mais alinhados à direita, com críticas pontuais a Ratinho Jr e alinhamento às políticas de Bolsonaro: Joni Correa (DC) e Solange Bueno (PMN).

Adriano Teixeira, por exemplo, afirmou que o sucateamento da saúde e da educação é um resultado do “golpe” de 2016 que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Esses governos que a gente têm nos estados são um seguimento dessa política”, disse.

“Eu não vejo como golpe a partir do momento em que se em improbidade administrativa. Isso está na lei, na nossa Constituição”, rebateu Solange Bueno, culpando o aumento do desemprego por causa da pandemia, “porque diziam para todo mundo ficar em casa e a economia a gente vê depois”. Joni Corrêa ecoou o discurso de Bolsonaro sobre os costumes. “A maioria das pessoas de esquerda são favoráveis às drogas”, disse.

Ângela Machado defendeu a “reestatização” de empresas públicas. “O preço da energia e da água deve ser apenas o suficiente para pagar os custos da produção, investimentos e remuneração justa dos funcionários”, afirmou.

FONTE/CRÉDITOS: Bem Paraná
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