O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou na passagem de abril para maio. O índice registrou alta de 0,59% ante taxa de 1,06% no indicador fechado do mês. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,93% no ano. Em 12 meses, chegou a 12,2%.
Analistas ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,45% no mês. Os dados são do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.
Alguns contribuíram para a desaceleração da taxa de inflação na prévia do mês de maio. Um deles foi a alteração da bandeira tarifária de Escassez hídrica para verde, o que levou a uma queda nas tarifas de energia elétrica. Isso não significa, porém, que o consumidor não sinta um peso no bolso na hora de pagar a conta de luz. Em 12 meses, a energia elétrica subiu cerca de 20%.
Inflação elevada por mais tempo
Em meio aos choques na economia global, como os recentes lockdowns na China por causa da Covid-19, e a guerra na Ucrânia, a persistência da alta dos preços tem levado analistas a projetarem um IPCA ainda mais elevado para este ano.
Analistas já esperam que inflação fique mais próxima de 9% em 2022, com um ciclo de alta dos juros mais duradouro. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, maior patamar desde fevereiro de 2017.
Desde a divulgação do IPCA de abril, que mostrou uma alta de preços generalizada, economistas estimam que os juros podem ir até 14% ao ano.
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