Neste fim de semana, mais uma rodovia foi bloqueada no Paraná e existe uma grande preocupação para o agro do Oeste por conta das vias interditadas. Em razão dos níveis pluviométricos na região da serra na BR-376, a rodovia foi interditada no dois sentidos – Paraná e Santa Catarina – para segurança dos usuários da rodovia.
Os pontos de interdição ocorreram, no domingo, no km 648 da BR-376, em Guaratuba e no km 01 da BR-101, na praça de pedágio em Garuva (SC), sem previsão de liberação. As rotas alternativas são a BR-116 e a BR-470.
A BR-376 é a principal estrada que liga Santa Catarina ao Paraná e com isso a situação ficou ainda pior para escoamento da safra, o que já estava ruim por conta do bloqueio parcial da BR-277 no litoral do estado.
A BR-277 apresentou um grave afundamento da pista na semana passada e desde então o trânsito flui por meio de um desvio operacional. As trincas apareceram na pista no km 33,5 em Morretes, no sentido Litoral do Estado.
Na última quarta-feira (8), engenheiros e geólogos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) condenaram a rodovia.
No último fim de semana, equipes remendaram as trincas com massa asfáltica e posicionaram lonas às margens da pista. Os reparos superficiais visam conter o avanço dos estragos.
Conforme a PRF, o O trânsito na BR-277 segue por meio de um desvio operacional nesta segunda-feira (13), no trecho que apresentou rachaduras no pavimento, em pista simples.
Com estes bloqueios, o acesso ao Porto de Paranaguá fica comprometido e dificulta o acesso em plena éoca de escoamento de safra. Segundo o diretor da Associação de Terminais do Corredor de Exportação de Paranguá, Rodrigo Buffara Coelho, que também é gerente geral do Terminal Portuário da Cotriguaçu, empresa do Oeste do Paraná que une quatro cooperativas da região: C.Vale, Coopavel, Copacol e Lar, a espera no Porto de Paranaguá chega a 40 dias.
“É um cenário preocupante, desde outubro do ano passado quando houve queda de pedras na serra do Mar, trecho que liga Curitiba a Paranaguá, as coisas estão preocupantes. A demora do estado é enorme para fazer as obras. Agora temos outro trecho da BR-277 geologicamente comprometido. A situação da BR-376 piora ainda mais”, lamentou.
Apenas no terminal da Cotriguaçu, o movimento é de dois mil caminhões por dia. “Considerando o Porto como um todo, são cerca de 5 mil caminhões. Com isso, estamos perdendo competitividade com outros portos, como Santos, por exemplo”, ressaltou.
A maior parte do transporte da Cotriguaçu é feita por caminhões.
ATUALIZAÇÃO
O tempo melhorou e, com isso, a PRF informou que a BR-376 foi liberada às 10h desta segunda-feira. A PRF segue avaliando o trecho e novas interdições podem ocorrer.